Nas lesões parciais, onde a mão funciona, as chances de recuperação são muito altas. Grande parte dos movimentos do ombro é restaurada e a flexão do cotovelo é conseguida em 90% dos pacientes. Existem pacientes que recuperam mobilidade complete embora um pouco mais fraca que o normal. Estes são pacientes jovens operados antes de 6 meses do acidente. Entretanto, existe uma parcela muito pequena de casos que mesmo tendo side operados corretamente não apresentam recuperação. Nós observamos isto em 2 de cada 100 pacientes operados. Estes mau resultados estão associados ao uso de cigarro, drogas, ou doenças outras do próprio organismo.
No tocante as paralisias completes ou prognóstico para recuperação é pior. A elevação do ombro e flexão do cotovelo são recuperados em 85% dos casos. Entretanto, a recuperação da mão é extremamente rara, menos de 10% dos pacientes operados apresentam recuperação da flexão dos dedos. De todas as maneiras, a recuperação dos movimentos, ainda que parciais do cotovelo e ombro é de muita valia. Estes membros recuperados, primeiro deixam de ser balantes ou seja braço do joão bobo, onde o corpo vira para um lado e o braço para o outro. Os pacientes readquirem o controle do membro afetado. Mesmo sem a função da mão estes membros são uteis para segurar objetos contra o tórax.
A recuperação não se dá de um dia para o outro. Ela acontece aos poucos e só inicia alguns meses ou anos após a cirurgia. Ela progride com o passer dos anos e até 5 anos depois da cirurgia poderemos notar melhora. Entretanto a maior parte da recuperação acontece entre o primeiro e terceiro ano após a cirurgia.
Neste período de recuperação é muito importante que o paciente pratique atividade física regular.
Expectativa com relação as dores
As dores são muito mais frequentes quando a paralisia é complete. Em 50% dos pacientes as dores desaparecem depois da cirurgia bem executada ao nível das raízes do plexo braquial lesionadas. Entre o primeiro e o terceiro anos após a cirurgia, as dores melhoram significativamente em 35% dos pacientes que não melhoram logo após a cirurgia. Alguns raros pacientes tem o quadro da dor que melhora após o terceiro ano. Isto faz com que de 100 pacientes operados somente 5 continuam a apresentar dores fortes. Nestes casos indicamos uma cirurgia na medula espinhal chamada drezotomia. A drezotomia elimina a dor em metade dos pacientes operados, ou seja 50% de bons resultados.
É importante ter acompanhamento médico para o controle da dor para que as medicações sejam ajustadas. Pacientes que voltam ao trabalho tem menor chance de perpetuar o quadro de dor. Quanto menos tempo se sofre com a dor, menor a memória da dor. Assim pacientes operados antes dos 6 meses do acidente têm mais chance de cura da dor pela cirurgia.
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