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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Exames Antes da Cirurgia
Imagem de uma tomomielografia do plexo braquial. Neste exame injeta-se um liquido na coluna lombar do paciente e depois radiografamos a coluna cervical. Se aparecer vazamento do liquido (flecha) isto indica que a raíz do plexo arrancou da medula espinhal e não pode ser reconstruída
Imagem de uma tomomielografia do plexo braquial. Neste exame injeta-se um liquido na coluna lombar do paciente e depois radiografamos a coluna cervical. Se aparecer vazamento do liquido (flecha) isto indica que a raíz do plexo arrancou da medula espinhal e não pode ser reconstruída
Fora exames pré-operatórios de rotina, como exame de sangue por exemplo, existe um exame importante chamado tomomielografia, onde é injetado um líquido na espinha do paciente, na região lombar (como anestesia raqui). Em seguida, procede-se a um exame radiológico da região do pescoço, para ver se o liquido injetado (contraste) extravasa em direção ao braço, indicando se o plexo foi arrancado da medula espinhal.
Consideramos os exames de eletromiografia e ressonância magnética menos precisos por não apresentarem a qualidade de resolução da tomomielografia, podendo interferir na precisão do diagnóstico.
Mesmo com o arrancamento do plexo, em 90% dos casos existe pelo menos um nervo menos lesado que pode ser recuperado, justificando a preocupação com a precisão do exame.
O exame de eletromiografia associado ao estudo de condução dos nervos, aquele exame feito com agulhas, apresenta muitos erros.
Frequentemente vemos laudos de exames indicando que o nervo foi somente estirado e que passado algum tempo o paciente deveria recuperar os movimentos.
Infelizmente, muitas vezes a recuperação não acontece. Este exame de agulhas não consegue identificar o rompimento interno dos nervos. Ele serve apenas para auxiliar no diagnóstico.

TRATAMENTOS – O QUE FAZER

O que fazer (procedimentos pré-operatórios) – Diagnosticada a lesão no plexo braquial, o primeiro passo é retirar a tipóia, mesmo contra indicação de fisioterapeutas ou parentes. O braço deve ficar livre, balançando livremente quando se caminha, permitindo com isso que a articulação do ombro mantenha-se lubrificada.
Embora exista a sensação de que o braço vai cair, isto obviamente não ocorrerá. A sensação do braço de estar fora do lugar é causada pela paralisação dos músculos que sustentam a articulação do ombro.
Na fase inicial, a fisioterapia é indicada três a quatro vezes ao dia, com movimentos em todas as articulações do membro afetado, para manter o que é conhecido por amplitudes articulares. Estes exercício podem ser feitos pelo próprio paciente ou por familiar.
Tratamentos com choques elétricos ou medicamentos e vitaminas não apresentam nenhum efeito positivo. Não existe nada que acelere o processo de recuperação.
Passados três meses do evento e o cotovelo ainda não dobra sozinho, sem ajuda do outro braço, o paciente é um sério candidato à cirurgia.
Se você fuma, aproveite o momento para reavaliar seu hábito: existe um prejuízo de 40% na recuperação em fumantes!

TRATAMENTOS – PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

A cirurgia é feita na região do pescoço.
O primeiro passo é localizar precisamente a área das lesões, identificando os cotos dos nervos lesionados, onde são recompostas as ligações através de enxerto utilizando nervos surais, doados pela parte posterior da perna do próprio paciente.
O uso dos nervos surais não acarreta nenhum prejuízo, com exceção de uma ligeira dormência no lado de fora do pé, que desaparecerá quase totalmente com o passar dos meses.
Os nervos surais tem forma parecida com filetes de spagueti muito finos, e muitas vezes é necessário utilizar vários filetes para reconstruir um único nervo.
O enxerto com nervos de outro indivíduo não apresenta resultados positivos.
O termo técnico para designar uma emenda nervosa é coaptação. Há quem também se refira ao procedimento como anastomose nervosa. Ela é feita com o auxílio de microscópio. As suturas são feitas com fios mais finos que um fio de cabelo. O procedimento também pode ser executado utilizando-se cola biológica.
Cirurgia
1) Paralisias altas (lesão C5,C6 e C7)
A cirurgia visa a reconstrução dos movimentos do ombro e cotovelo.
Fazemos transferência de nervos e enxertos de nervos.
Na transferência de nervo, ligamos um nervo  que não foi afetado pelo acidente com um determinado nervo que desejamos reconstruir a função.
Nos enxertos de nervo, retiramos o nervo sural da perna do paciente, nervo este que existe a mais no corpo e pode ser retirado sem ocasionar problemas. Na região da lesão, no pescoço,  removemos as partes lesionadas dos nervos substituindo-as pelos enxertos de nervo retirados das pernas.
, incisões ou cortes que fazemos na região do pescoço. Desenvolvemos um técnica que nos permite reconstruir o plexo braquial com pequenos cortes.
Fig 4ne copy
Foto intraoperatória da cirurgia do plexo braquial na região do pescoço, dita supraclavicular. Passamos os enxertos de nervo por baixo da pele.

Incisão ou corte na axila para reconstruir o plexo lesionado. Através desta incisão reconstruimos a flexão do cotovelo e os movimentos do músculo deltoide. Esta técnica foi desenvolvida por nós.
Incisão ou corte na axila para reconstruir o plexo lesionado. Através desta incisão reconstruimos a flexão do cotovelo e os movimentos do músculo deltoide. Esta técnica foi desenvolvida por nós.
Incisão ou corte na axila para reconstruir o plexo lesionado. Através desta incisão reconstruimos a flexão do cotovelo e os movimentos do músculo deltoide. Esta técnica foi desenvolvida por nós.
Incisão ou corte na axila para reconstruir o plexo lesionado. Através desta incisão reconstruimos a flexão do cotovelo e os movimentos do músculo deltoide. Esta técnica foi desenvolvida por nós























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